De 1 a 18 de dezembro, Londrina será sede do festival A Maré – Festival de Arte em movimento. O período consiste na última etapa do festival – iniciada já há alguns meses com o “Abre Alas” e a fase do “Cidade Ativa”, que levou cortejos e oficinas de pernas de pau para 6 bairros da periferia londrinense. Nesta nova etapa, o evento levará programação artística e peças de teatro a espaços como o Calçadão, Bosque e bairros como na região norte, Novo Amparo e Vila Marizia. A programação completa pode ser vista no site do festival http://amarefestival.tumblr.com/. Na última quinta-feira (1), um evento no ‘Canto do Marl’ (Como ficou conhecido o espaço ocupado na antiga ULES).

A Maré Cheia traz 18 dias de programação artística, que iniciaram no último dia 1, juntamente com a programação do XIX Encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua. São mais de 80 artistas de rua de todo o Brasil reunidos em Londrina para debater arte pública e apresentar seus trabalhos durante todo o Festival.

Durante a mostra na última quinta-feira (01) durante o evento “Lugar de vivência” realizado no Canto do MARL, com mostras de vídeos que resgataram um pouco da história do espaço (Atualmente ocupado por coletivos artísticos), assim como o momento atual e perspectivas futuras para o local. “A gente começou de manhã, trabalhos de plenária… O encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua é uma articulação política, com participação de artistas do Brasil todo, e, a ideia foi neste momento propôr visibilidade e diálogo, sobre o espaço em que estamos, algo como ‘Olha, estamos aqui há 5 meses e, olha o que já conseguimos, o que já fizemos por aqui..’, pra gente, internamente, é importante pra vermos o quanto estamos trabalhando, e ver o que estamos passando, vendo tudo o que estamos construindo aqui junto, temos também um levantamento histórico do local, jornais antigos e, ainda, estamos descobrindo tudo o que ocorreu nesse local, desde a década de 50… até hoje, com enfoque pra essa história nas quais, presenciamos mais – O espaço é dividido com uma certa ‘cronologia’ com núcleos como ‘tempo de ocupar/tempo de fogueira’ para explicar a situação e história do lugar…”, contou Danilo Lagoeiro, um dos articuladores do Movimento dos Artistas de Rua (M.A.R.L).

Durante o evento, membros de diversos coletivos artísticos (De outros estados e cidades) estiveram presentes. Alguns deles, participarão de apresentações e articulações dentro do festival ‘A Maré’ como também os diversos momentos de plenárias e discussões que acontecem até o dia 18 – Confira programação completa no site. O momento propicia troca de experiências, ideias, e também, reforça a ideia de vínculos e afeto entre as diversas ideias artísticas que se cruzam no evento. “Ocupações tem sido uma estratégia política cada vez mais forte em momentos assim (Especialmente nos últimos 10 anos), somos ligados à Rede Brasileira de Teatro de Rua, e através deles acompanhamos as movimentações como aqui em Londrina… Vimos um pouco da situação regional por aqui e, trata-se de um encontro muito inteligente, levanta discussões como a dos espaços ociosos para a cultura, o que, parece ser um aspecto até muito emblemático aqui da região”, contou a antropóloga Carolina de Carmargo Abreu, integrante da Cia Canina de Teatro de SP, que esteve presente na abertura e que participará de outros eventos da Maré.
Sobre A Maré – A MARÉ é uma ação do MARL – Movimento dos Artistas de Rua de Londrina, que surge com a vontade de movimentar a arte na cidade a partir do diálogo com as populações periféricas a fim de dar visibilidade e fortalecer estas comunidades sob o viés artístico. O festival A MARÉ é uma realização dos grupos e coletivos que compõem o MARL e tem patrocínio da Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC).